Pular para o conteúdo

8 de Março: Dia Internacional da Mulher

Você sabia que as mulheres são mais afetadas pela devastação do meio ambiente do que os homens? Segundo o artigo Feminist Environmental Philosophy, são principalmente as mulheres pobres da zona rural de países subdesenvolvidos que sofrem, de forma desproporcional, com os prejuízos decorrentes de problemas ambientais como desmatamento, poluição da água e toxinas ambientais.

Ironicamente, são as mulheres que têm menos responsabilidade na devastação do meio ambiente.  Justamente por ganharem menos, as mulheres em geral têm um papel menor na contaminação e destruição dos ecossistemas.

Essa conexão entre feminismo e ambientalismo compõe a base do ecofeminismo, um movimento que busca o equilíbrio entre o ser humano e a natureza, fomentando a colaboração ao invés da dominação e respeitando todas as formas de vida.

O ecofeminismo, também chamado feminismo ecológico, é o ramo do feminismo que examina as conexões entre as mulheres e a natureza, enfatizando a forma como tanto a natureza como as mulheres são tratadas pela sociedade patriarcal.  

O movimento ecofeminista moderno nasceu de uma série de conferências e oficinas realizadas nos Estados Unidos por uma coalizão de mulheres acadêmicas e profissionais durante o final dos anos 70 e início dos anos 80.

 Elas se reuniram para discutir as formas pelas quais o feminismo e o ambientalismo poderiam ser combinados para promover o respeito pelas mulheres e pelo mundo natural e foram motivadas pela noção de que um longo precedente histórico de associação das mulheres à natureza havia levado à opressão de ambos.

Elas observaram que, ao longo da história, as mulheres e a natureza eram frequentemente retratadas como caóticas, irracionais e necessitadas de controle, enquanto os homens eram frequentemente caracterizados como racionais, ordenados e, portanto, capazes de dirigir o uso e o desenvolvimento das mulheres e da natureza.

As ecofeministas afirmam que este arranjo resulta numa estrutura hierárquica que concede poder aos homens e permite a exploração das mulheres e da natureza, particularmente na medida em que as duas estão associadas uma à outra.

Uma das fundadoras do ecofeminismo, a teóloga Rosemary Ruether, insistiu que todas as mulheres devem reconhecer e trabalhar para acabar com o domínio da natureza se quiserem trabalhar para a sua própria libertação.

Ela exortou mulheres e ambientalistas a trabalharem juntas para acabar com os sistemas patriarcais que privilegiam hierarquias, controle e relações socioeconômicas desiguais.

Para saber mais sobre o ecofeminismo, dê uma olhada nos sites abaixo, nos quais nos inspiramos para fazer este post:

https://www.politize.com.br/o-que-e-ecofeminismo/

https://www.britannica.com/topic/ecofeminism/Ecofeminisms-future

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Estamos Online!