Você reparou nas ondas repentinas de calor em julho? Ou como o clima ao longo de uma semana varia de forma tão extrema que parece que passamos por todas as estações do ano em apenas 7 dias? Esses são os sinais mais perceptíveis no nosso dia a dia de como a mudança climática tem se agravado devido ao aquecimento global, mas não são as únicas mudanças que tem acontecido no nosso planeta.
Incêndios florestais na Grécia e no Havaí. Alta da temperatura dos oceanos. Inundações em Nova Iorque e no Canadá. Algumas das diversas catástrofes ambientais que vêm se tornando cada vez mais frequentes e mais extremas ao redor do globo. E, como diz o ditado, não existe nada tão ruim que não possa piorar.
Mas antes, você sabe o que é o Aquecimento Global de fato?
O aquecimento global nada mais é do que a intensificação de um fenômeno natural e bom para a Terra que é o Efeito Estufa. Esse efeito ocorre quando certos gases (os famosos gases de efeito estufa ou GEE) na atmosfera terrestre retêm o calor e deixam a luz solar passar, porém, mantendo o calor no planeta, igual a uma estufa. Quanto mais GEE liberados, mais calor é retido.
Em 1895, o químico Arrhenius (conhecido, principalmente, por estabelecer os conceitos de ácido, base e sal) chegou a conclusão de que nós, seres humanos, poderíamos agravar esse efeito natural através da produção de dióxido de carbono, o famoso CO2. No final das contas, ele estava certo e aqui estamos quase 130 anos depois vivenciando as consequências das emissões de gases de efeito estufa.
As consequências das nossas ações
“A era do aquecimento global acabou. A era da ebulição global chegou. As consequências são claras e trágicas: crianças sendo levadas por enchentes, famílias fugindo de incêndios, trabalhadores desmaiando no calor escaldante.” -António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU)
A temperatura do planeta Terra aumentou 1,2°C desde a Revolução Industrial, momento histórico em que as emissões antropogênicas de gases de efeito estufa (especialmente dióxido de carbono) começaram a crescer significativamente. Em comparação com essa época, o planeta teve suas ondas de calor triplicadas e cada vez mais desastres ambientais têm ocorrido.
Seja nos incêndios causados na Grécia com evacuação de mais de 2 mil pessoas por barcos, seja nas inundações em Nova Iorque com taxas elevadas de precipitação ou na seca da Amazônia, todos estamos sujeitos a vivenciar as consequências da crise climática no dia a dia. Elas impactam negativamente a saúde humana, a economia e o próprio meio ambiente.
Por mais esperados que os efeitos fossem, o que surpreende é a velocidade que as mudanças climáticas estão tomando. A Terra não se encontra em um estado de aquecimento mais e sim em um estado de fervura.
Como evitar o colapso?
Na 21ª Conferência das Partes (COP21) da UNFCCC em Paris, foi feito um novo Acordo que objetiva o fortalecimento da resposta global à ameaça da mudança climática e a melhora da capacidade dos países de lidar com os impactos causados por ela, limitando o aumento da temperatura global em 1,5°C comparado a temperatura da época pré-industrial e fixando um investimento dos países desenvolvidos de 100 bilhões de dólares por ano em medidas de combate à mudança do clima e adaptação em países em desenvolvimento.
De acordo com Guterres, ainda é possível atingir o objetivo de limitar o aumento da temperatura global a 1,5 °C até ao final do século e evitar o pior das alterações climáticas. Para isso, é necessário que os países do G20 (grupo com os países de maior economia do mundo e responsáveis por 80% das emissões globais de GEE) aumentem suas ações de combate.
Com a colaboração de todos, é possível que a transição dos combustíveis fósseis para as energias renováveis seja feita de forma rápida e justa. Nesse sentido, as empresas ligadas aos combustíveis fósseis devem estabelecer mudanças em direção à energia limpa, com planos de transição detalhados que abranjam toda a cadeia de valor.
Agora não é a hora de desespero, mas sim de agir diante o problema e impedir que a situação chegue em um ponto em que não há mais a possibilidade de ser revertida.
Se você acredita que seu estabelecimento pode adotar uma abordagem mais sustentável, porém não sabe como fazer isso, considere entrar em contato com a Âmbar. A preocupação com o meio ambiente é extremamente importante e nos comprometemos a ajudá-lo nesse processo.
Escritora: Anna Fátima, assessora de Marketing e Comercial e graduanda em engenharia ambiental.
Revisor: Matheus Joel, assessor de Marketing e Comercial e graduando em engenharia ambiental.
Fontes:
Aquecimento global: o que é a era da ebulição? | National Geographic
O que é o aquecimento global? | National Geographic